O PRIMEIRO INSTRUMENTO MUSICAL DO MUNDO 



Até que se comprove o contrário, agora é certo: há aproximadamente 42 mil anos os primeiros hominídeos já se sentavam ao redor de uma boa fogueira, tocavam flautas – feitas de ossos – e cantavam.
Isso é o que indica a mais nova datação por radiocarbono de uma antiga flauta encontrada na caverna Geissenklösterle, no vale de montanhas de Jura, ao sudeste da Alemanha.
O feito é de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Universidade de Tübingen, na Alemanha, que publicaram o estudo no periódico especializado Journal of Human Evolution.
Agora, flautistas do mundo todo podem ter ainda mais orgulho de seus instrumentos, pois, por enquanto, a flauta é considerada o primeiro instrumento inventado pelo homem.
A história se autodescobre
Até alguns anos atrás, os objetos mais antigos encontrados eram três pequenas peças de marfim, com idade estimada em 33 mil anos. Tratava-se de uma cabeça de cavalo, um pássaro e um homem com cabeça de leão.
Elas também tinham sido encontradas no sudoeste da Alemanha e também pertenciam à cultura aurignaciana, uma cultura arqueológica do Paleolítico Superior, localizada na Europa e no Sudoeste Asiático.
A consequência mais direta da descoberta é que o resultado da nova datação vem a confirmar a hipótese que postula que o rio Danúbio – o segundo maior rio do continente europeu, depois do Volga, com quase 3 mil quilômetros – serviu de corredor para o povoamento da Europa 
Instrumentos Musicais
Flauta e harpa são dois instrumentos musicais que surgiram na época das pirâmides. Isoladamente ou em conjunto, podiam se associar à voz e às palmas. A verdade é que os egípcios sempre gostaram de música. Amavam-na bem antes da invenção de qualquer instrumento, quando ainda só sabiam bater com as mãos ao ritmo da voz. Com o decorrer dos séculos passaram a contar com instrumentos musicais variados e bem desenvolvidos. A ilustração acima nos mostra, por exemplo, um grupo de jovens com seus respectivos instrumentos: uma harpa, um alaúde, uma flauta dupla e uma lira. A importância que os egípcios davam à música no seu cotidiano é atestada pela grande quantidade de instrumentos musicais que foram encontrados pelos arqueólogos, a maioria cuidadosa e individualmente embrulhada em tecido, frequentemente gravados com os nomes de seus proprietários e que hoje podem ser vistos em museus de todo o mundo.
Os relevos nas paredes de templos e túmulos de todos os períodos da história egípcia mostram numerosos tipos e formas de instrumentos musicais, a técnica com a qual eles eram tocados e afinados e, ainda, músicos atuando em conjunto. Uma imagem do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), por exemplo, mostra um flautista, um harpista, quatro dançarinos e dois cantores. Em uma figura do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) aparece uma longa flauta e uma grande harpa acompanhando um homem que canta com a mão esquerda posta em concha na orelha; outro desenho mostra três cantores acompanhados por duas harpas, um sistro e um chocalho. Uma pintura do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) indica que havia certas salas do palácio real de Tell el-Amarna que eram destinadas à música.
Algumas cenas são tão detalhadas que nos permitem ver as mãos do harpista percutindo certas cordas, ou os tocadores de instrumentos de sopro emitindo determinados acordes. As distâncias dos trastos do alaúde mostram claramente que os intervalos correspondentes e as escalas podem ser medidas e calculadas. As posições das mãos dos harpistas nas cordas indicam claramente relações como as de quarta, quinta, e oitava, revelando um conhecimento inquestionável das leis que governam a harmonia musical. A execução dos instrumentos musicais é controlado pelos movimentos das mãos dos quirônomos, o que também nos ajuda a identificar certos tons, intervalos e relações entre os sons.
HARPA CURVAAs harpas, um dos mais antigos instrumentos musicais do mundo, idealizadas a partir dos arcos de caça, foram usadas desde o Império Antigo em forma de arco e seu nome egípcio era benet. Nesse período eram os únicos instrumentos musicais de cordas existentes no Egito. Consistia de uma caixa sonora unida a uma haste curva circundada por presilhas, uma para cada corda. As cordas se estendiam entre suas presilhas e uma barra de suporte que ficava em contato com a caixa de som. Quando as presilhas eram giradas, a tensão e, consequentemente, a afinação da corda atada a ela mudava. A maioria destas harpas curvas tinha menos de dez cordas e algumas chegavam a ter apenas três. Acima vemos uma harpa de madeira do Império Novo, conservada no Museu Britânico de Londres. 
Harpas triangulares surgiram em época posterior, vindas da Ásia. Nesse caso uma haste reta ficava presa em um buraco de uma caixa sonora oblonga, resultando a formação de um ângulo agudo entre a haste e a caixa. As cordas, possivelmente feitas de cabelo ou de fibras vegetais, eram presas, de um lado, à caixa e, de outro, amarradas ao redor do braço do instrumento. Como no modelo anterior, elas também eram afinadas afrouxando-se ou apertando-se os nós que as seguravam. Os instrumentos normalmente tinham de oito a doze cordas e homens e mulheres tocavam-nos sentados, em pé, ou ajoelhados, em festas, reuniões sociais e eventos cerimoniais. Geralmente eram feitos de madeira, freqüentemente enfeitados e provavelmente não ecoavam muito longe.
A partir de 1550 a.C., quando se inicia o Império Novo, os recursos instrumentais progridem e as harpas, segundo informa o egiptólogo Pierre Montet, passam a ser mais volumosas. O corpo sonoro redobra de volume e as cordas passam a ser mais numerosas. Fabricavam-se harpas portáteis, harpas de grandeza média providas com um pé e harpas monumentais que são verdadeiras obras de arte, cobertas com ornamentos florais ou geométricos, enriquecidas com uma cabeça de madeira dourada que encava na extremidade superior ou se adapta à base. Com relação ao luxo de tais harpas sabemos, por exemplo, que o faraó Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.) possuia uma feita de ébano, ouro e prata. Nesse período elas podiam medir até dois metros de altura e possuir 19 cordas. Alguns autores chegam a citar a existência de harpas com até 29 cordas. Uma inscrição referente à coroação de Tutmósis III (c. 1479 a 1425 a.C.) dá bem uma idéia da sofisticação que um desses instrumentos podia alcançar:
Minha Majestade fez uma esplêndida harpa forjada com prata, ouro, lápis-lazúli, malaquita, e toda pedra preciosa brilhante.
As pinturas do túmulo de Ramsés III (c. 1194 a 1163 a.C.) mostram muitas harpas em forma de arco.
A lira, um instrumento de cordas com o formato de uma letra U, com braços retos ou curvos de comprimentos diferentes, é originária da Ásia. Algumas eram portáteis, extremamente elegantes e com não mais do que cinco cordas. Outras podiam ser grandes e possuir um pé de apoio. Seus instrumentistas aparecem representados muitas vezes como nômades estrangeiros. A primeira representação de uma lira na arte egípcia aparece no Império Médio e o instrumento tornou-se bastante comum cerca de 500 anos mais tarde, já no Império Novo. Ela era tocada com um longo plectro seguro com a mão direita, todas as cordas sendo tangidas em conjunto, enquanto os dedos da mão esquerda silenciavam as cordas que não se desejava que soassem. Como regra o instrumento era segurado horizontalmente, com a travessa afastada do executante. Liras gigantes foram populares durante o reinado de Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.) e algumas eram tão grandes que podiam ser executadas a quatro mãos. Depois do ano 1000 a.C. foi introduzida no Egito, também vinda da Ásia, uma lira simétrica menor, com braços paralelos e que era segurada na posição vertical.
ALAÚDEOutro instrumento de corda também de origem asiática, conhecido atualmente como alaúde e semelhante ao bandolim, parece ter sido introduzido no Egito no Império Novo, tendo ganho grande aceitação. Era uma pequena caixa de ressonância oblonga, com seis ou oito orifícios, chata dos dois lados ou no formato de metade de uma pera e munida de um longo cabo ornado de bandeirolas, sobre o qual se estendiam quatro cordas. As cordas eram presas em cavilhas laterais e produziam som quando esfregadas ou tangidas. A caixa de ressonância era necessária para amplificar o som do tremor das cordas, o que se conseguia pela vibração do ar dentro da caixa. Uma palheta, ou seja, um pequeno e fino pedaço de metal ou osso usado para ferir as cordas, ficava presa no pescoço do instrumento por uma fita. No instrumento de madeira acima, provavelmente do Império Novo, apenas três cordas foram preservadas. A estatueta de uma jovem tocando um alaúde grande, mas com um braço curto, foi encontrada em uma tumba da XX dinastia (c. 1196 a 1070 a.C.) pela equipe do arqueólogo Flinders Petrie. Finalmente, um instrumento classificado como violão pelo fato de possuir, além das cordas, a parte posterior plana e os lados curvos, pode não ter sido muito parecido com um violão moderno. Ele deve ter sido aperfeiçoado — se não inventado — pelos egípcios.
FLAUTANo capítulo dos instrumentos de sopro podemos citar as flautas que, aliás, estão entre os primeiros instrumentos musicais utilizados, aparecendo já representadas em cacos de louça do Período Pré-dinástico (c. 3000 a.C.), o que nos leva a pensar que talvez tenham sido inventadas pelos próprios egípcios. Normalmente havia de três a cinco orifícios para os dedos. Podiam ter palhetas ou não e ser formadas por um único tubo ou por dois tubos paralelos ajustados um contra o outro. Posteriormente os tubos foram separados e colocados em um ângulo agudo. No princípio, esses instrumentos eram feitos de canas, mas evoluíram para tubos manufaturados em bronze. Eles podiam ser curtos e tocados na posição horizontal, ou alcançar até o comprimento de quase um metro, sendo tocados, nesse caso, numa posição verticalmente inclinada. Tais flautas ainda são usadas no Egito atual. Na figura acima vemos um par de flautas simétricas unidas, feitas de madeira, sem a embocadura que se perdeu, e provavelmente datadas do Império Novo.
Os vários tipos de tubos diferiram na construção da extremidade que era levada à boca. As flautas simples, as quais eram tocadas na posição horizontal, tinham uma cunha afiada que permanecia do lado de fora dos lábios. As flautas duplas, instrumentos tocados na posição vertical, tinham bocal solto, de encaixe, fornecido com palhetas vibratórias simples, no caso de tubos paralelos, ou duplas, a exemplo do que ocorre com os modernos oboés, no caso de tubos colocados em ângulo agudo. Os arqueólogos nunca encontraram esses bocais. Entretanto, sabe-se que oboés duplos já eram conhecidos, aproximadamente, desde 2800 anos antes de Cristo. Tinham dois tubos de comprimento desigual, sendo que o mais longo era usado para produzir sons contínuos e monótonos, ou para tocar notas que o tubo mais curto não conseguia alcançar. Nas cenas militares, por sua vez, frequentemente são mostrados trompetes. Pelo menos dois trompetes de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.) e um terceiro do Período Ptolomaico (304 a.C. a 30 d.C.) foram encontrados pelos arqueólogos. Embora não tenham sido encontrados relevos mostrando instrumentos feitos de chifres de animais, deve-se notar que existem modelos em terracota de tais instrumentos datados do Império Novo.
Entre os instrumentos de percussão havia o pandeiro, os crótalos e os sistros. O primeiro, tocado com as mãos, podia ser redondo ou quadrado, entrou em uso durante o Império Novo e era empregado em banquetes e reuniões sociais, bem como nas festas populares e religiosas. Figura bastante nas mãos de mulheres em rituais religiosos, quando elas participam em danças sagradas e procissões ou tocam diante das divindades femininas. O som metálico dos címbalos do pandeiro tem poder protetor, pois espanta os espíritos maléficos, os inimigos em geral e os efeitos do mau olhado. Os outros dois instrumentos eram indispensáveis em festas religiosas, já que eram consagrados a Hátor, deusa dos festins e da música.
CRÓTALOSOs crótalos eram formados por duas placas iguais, geralmente de marfim ou de madeira, apresentando um formato curvo como se fossem aspas. Batendo-se as duas metades entre si produzia-se o som. Costumavam ter um desenho entalhado nelas como, por exemplo, mãos, um relicário, uma cabeça de mulher ou, mais comumente, a cabeça de Hátor. Pares de diferentes formas e tamanhos foram encontrados em diversos sítios arqueológicos egípcios. Os que apresentavam formato de mãos parece que estavam relacionados com Hátor no seu papel de mão do deus, ou seja, a mão de Atum, o qual, segundo o mito heliopolitano sobre os primórdios da criação, havia gerado Shu e Tefnut se masturbando. Acima vemos um destes instrumentos, de marfim, exposto no Museu Britânico de Londres. Um modelo de origem não egípcia, provavelmente oriúndo da Fenícia, tinha o formato de uma pequena bota de madeira cortada pela metade no sentido longitudinal e sulcada na parte correspondente à perna, enquanto que a parte cônica correspondente ao pé servia como cabo. Alguns modelos de tamanho pequeno ficavam escondidos na palma das mãos dos músicos, de maneira que não podem ser percebidos nas ilustrações. Acredita-se que nos relevos nos quais a mão do dançarino aparece como um punho, provavelmente isso significa que ele está segurando esse crótalo menor, correspondente às nossas atuais castanholas.
SISTROO sistro era uma espécie de chocalho, frequentemente feito de bronze, e apresentava uma cabeça de Hátor colocada no extremo de um cabo com formato de haste de papiro. No lugar dos chifres da deusa, e muito mais compridos do que eles, havia um arco metálico cruzado horizontalmente por três ou quatro pequenas hastes também de metal que atravessavam pequenos címbalos, igualmente metálicos. Cada uma das hastes era freqüentemente feita de material diferente e interpretadas como representações dos quatro elementos que formam o mundo vivo: a terra, o ar, o fogo e a água. Os sistros com apenas três hastes, como este ao lado datado do Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.), simbolizavam as três estações: cheia, semeadura e colheita. Ao se agitar o sistro, as peças soltas soavam em conjunto. Um certo grau de afinação era possível e enquanto alguns dos instrumentos produziam um som rouco enervante, outros emitiam sons descritos como "de doce fascínio". Essa forma do instrumento começa a surgir no Império Médio. para ver outra foto desse mesmo sistro, que hoje pertence ao Museu Britânico de Londres.
Anteriormente, porém, desde o Império Antigo, existia uma outra forma de sistro, menos barulhenta. Sempre com cabo em forma de papiro, apresentava um recipiente fechado e lindamente decorado com a cabeça da deusa, dentro do qual sementes produziam sons semelhantes aos de juncos de papiro agitando-se. O receptáculo costumava ter a forma de uma pequena capela representando o espaço sagrado no qual o primeiro som que criou o universo aconteceu. O relicário pode simbolizar também a casa de canas construída para abrigar Hátor quando ela deu à luz a seu filho, Ihy, um deus-criança da música. O próprio nome de Hátor significacasa de Hórus e a imagem do falcão aparece freqüentemente aninhado em cima do relicário do sistro.
Também instrumento da deusa gata Bastet era, nesse caso, encimado por um rosto de gato ou por um gato sentado em cima do relicário. No caso do primeiro modelo, o gato aparecia se espreguiçando por sobre o topo do arco metálico. Quando usados como amuletos de casamento, os sistros mostravam cestas de gatinhos presas nas laterais do arco, caso em que os gatinhos representavam a prole. Com o tempo o cabo passou a ser feito não apenas de bronze, mas também de faiança ou prata embutida com esmaltes e aparecia com frequência na forma do deus anão Bes. Outra forma que o cabo do sistro podia tomar era a do chamado pilar Djed, objeto que foi interpretado como a coluna vertebral do deus Osíris. No culto de outros deuses, como Ptah e até mesmo Aton, os sistros também foram utilizados.
A origem do instrumento parece ter sido a Núbia, onde surgiu como componente dos ritos de fertilidade locais, ou talvez tenha evoluido de um ritual arcaico que consistia em cortar brotos de papiro com caules longos, secá-los, segurá-los em forma de arco e sacudi-los rítmicamente para abrir o coração da pessoa à deusa Hátor. Os brotos de papiro secos contêm um certo número de sementes soltas que produzem um som sibilante musical quando são chacoalhadas. A palavra egípciaseshesh, que significa sussurrar, deu origem ao nome egípcio do instrumento, seshest, onomatopaico, lembrando uma das mais protetoras e antigas deusas do Egito, a deusa-naja Wadjit, que se acreditava pudesse ser chamada sussurrando sons e encantada através de música rítmica. Alguns dos sistros mais antigos apresentam hastes na forma de serpentes, reminiscência dos velhos rituais de colheita.
Agitando-se o sistro pelo cabo produzia-se um som agudo e prolongado muito apropriado para acompanhar ou ritmar o canto. Acreditava-se que ele tivesse virtudes de apaziguamento, aliviasse as mulheres no parto, afastasse os malefícios e abrandasse os modos das pessoas. Eram sempre tocados em momentos de alto significado religioso como, por exemplo, quando chegavam os que estavam de luto, quando o faraó e a rainha apareciam, quando as cantoras começavam a cantar. As sacerdotisas de Hátor e as de Bastet costumavam agitá-los como parte dos rituais que realizavam e, ao que parece, supunha-se que eles estimulavam a fecundidade. A própria forma do instrumento tinha conotações com a junção das energias masculina e feminina: sua parte superior continha as sementes ou címbalos, simbolizando o ventre da mulher e o cabo alongado simbolizava o falo do homem. Quando se manifestava sob a forma da deusa Nebethetepet, conhecida comoSenhora da Vulva, Hátor era representada como um sistro com o desenho de um relicário incorporado nele.
Nos festivais, os músicos, cantores e dançarinos andavam em procissão no exterior dos templos e os sacerdotes transportavam um relicário que abrigava a estátua da divindade. Frequentemente o que se pretendia não era produzir música agradável, mas um som rítmico que criasse um estado de êxtase religioso, ou simplesmente bastante barulho para espantar os espíritos nocivos. Os crótalos e os sistros eram dois instrumentos bastante úteis para tal propósito. Outro instrumento da mesma categoria são os címbalos, constituídos por um par de pratinhos metálicos. Ligeiramente côncavos, eles possuem saliências no centro de suas partes superiores, nas quais são amarrados atilhos curtos que os prendem aos dedos. Eram usados aos pares em cada mão, um deles preso na primeira junta do polegar e o outro atado no dedo médio. Sons vibrantes são produzidos golpeando-se os címbalos diretamente um contra o outro, ou batendo-se com um deles na borda do outro. Ainda hoje eles são usados nas apresentações de dança do ventre. No Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) surgiram pratos maiores, com cerca de 15 centímetros de diâmetro, formados por um par de discos côncavos e preso cada um deles a uma das mãos dos músicos por meio de correias de couro. Também na mesma época aparecem pequenos sinos.
Ainda no capítulo da percussão havia os tambores, percutidos com as mãos, usados tanto com funções religiosas quanto em desfiles militares. Uma mulher tocando um tambor redondo era o símbolo para "alegria" entre os egípcios. Deusas como Hátor, Ísis e Sekhmet, ou deuses como Bes e Anúbis foram representados várias vezes tocando tambores. Na maioria das ilustrações que mostram cenas da corte ou dos grandes templos, aparecem mulheres como tocadoras de tambor. Os homens costumam aparecer mais como tocadores de tambores militares. Havia basicamente dois tipos de tambores. Um dos modelos tinha o formato de pandeiros, mas bem maiores e sem os címbalos metálicos na lateral, redondos ou retangulares, com armação de madeira, cujo diâmetro é muito maior que sua profundidade. Esse instrumento talvez tenha sido desenvolvido por mulheres que usavam peneiras para limpar os grãos. Suas formas são as mesmas e desde a antiguidade se acredita que a peneira para grãos e esse tipo de tambor compartilhem uma origem comum. Um dos nomes mais velhos registrados para esse instrumento é do antigo idioma sumério, no qual a palavra que o designa também significa "peneira de grãos". O outro modelo de tambor tinha o formato de barril, inicialmente feitos com troncos de árvores escavados e que se tornaram populares em bandas militares. Até hoje nenhuma imagem foi encontrada que mostre os tambores, de qualquer modelo, sendo tocados com baquetas. A batida do tambor era comparada ao pulsar da vida, semelhante ao som da batida do coração que nós ouvimos no útero materno. O instrumento também era relacionado com a lua e a fertilidade.
Do ponto de vista cronológico, os tambores só apareceram de fato a partir do Império Médio. Primeiro surgiram os de formato de barril. Uma das mais antigas representações de tambor em um contexto religioso pode ser vista na tumba de Kheruef, um funcionário da corte de Amenófis III (c. 1391 a 1353 a.C.), Ali existe uma cena na qual duas mulheres, provavelmente sacerdotisas, tocam tambores enquanto um pilar djed é erguido ritualmente em um festival. Foram encontradas algumas das peles destes tambores pintadas com cenas simbólicas. Duas delas, do Império Novo, achadas em Tebas, mostram Ísis dando vida a Osíris. Hátor e Bes aparecem na figura entre um grupo de mulheres que tocam tambores. Isso ilustra o poder do tambor de invocar criação e ressurreição e seu uso em rituais relacionados com tais atos. Outras duas peles, estas do Período Ptolomaico, mostram sacerdotisas que tocam tambor diante de Ísis que aparece sentada em seu trono. Cena parecida existe em um relevo em pedra da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.) no qual quatro mulheres, identificadas como sacerdotisas no texto que acompanha a cena, tocam tambores diante de Hátor e Mut.
Uma função bastante prática exercida pelos tambores era a de marcar com sua batida o ritmo dos remadores nos barcos que velejavam pelo Nilo. Essa missão também lhes era confiada na esfera divina: frequentemente são mostradas sacerdotisas tocando tambores no acompanhamento dos barcos sagrados das deidades em procissões rituais. E ainda mais: na viagem diária que Rá fazia velejando pelas águas celestiais, uma mulher toca tambor em seu barco, marcando os ritmos naturais do universo. Durante séculos e séculos os tambores continuaram a ser usados em cerimônias religiosas. Não apenas na época dos Ptolomeus, mas também no Período Romano (30 a.C. a 395 d.C.) o instrumento continuou figurando em cenas de culto. Podemos vê-lo tocado por sacerdotisas no templo de Hátor em Dendera, no templo de Mut em Karnak, no templo de Hórus em Edfu, no templo de Ísis em Philae e em outros ainda. As paredes das tumbas mostram com constância mulheres tocando tambor ao receberem o morto no além. O instrumento figurava entre os pertences funerários enterrados com o defunto e, por exemplo, a mãe de Senenmut, o arquiteto da rainha Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.), foi enterrada junto a seu tambor.
Finalmente devemos citar um utensílio curioso: um misto de instrumentoHÁTOR E SETI I musical e colar denominado menat. Eram largos e pesados colares feitos com pérolas ou contas coloridas de cerâmica, pedra dura ou metal precioso, montadas em semicírculo formando um grande crescente. A borda externa podia ou não ser guarnecida por pingentes. Eram dotados de longos contrapesos, os quais equilibravam seu peso considerável quando eram colocados no dorso do portador. Ao serem agitados nas festividades produziam o ruído característico do choque das miçangas. Esse som transmitia vida e poder, tornava as jovens mulheres fecundas, mas também favorecia o renascimento espiritual do ser no além-túmulo. É com esse objetivo que a deusa Hátor oferece um destes colares ao faraó Seti I (c. 1306 a 1290 a.C.), como mostra a figura acima.
Esses instrumentos também eram empunhados e agitados principalmente pelas sacerdotisas de Hátor, sendo que as mais experientes dentre elas tocavam o crótalo com uma mão e o menat com a outra. A executante podia usar o colar no pescoço ou, levando-o nas mãos, apresentá-lo à pessoa a quem desejasse oferecer boas vibrações. Diversos estudiosos concordam que o menat simbolizava prazer e júbilo, tanto do ponto de vista da fertilidade, quanto da perspectiva da satisfação sexual. As suas fileiras de contas e o contrapeso de aparência fálica parecem combinar os princípios feminino e masculino em ação. Ele evocava a união de Ísis e Osíris na criação de Hórus e ao ser oferecido aos mortos, o instrumento permitia a revitalização deles no outro mundo. Em uma pintura tumular do Império Médio podemos ver que um grupo de dançarinas, musicistas e cantoras entrega o menat ao dono da tumba em meio a uma festa. Elas balançam o instrumento e dizem:

Lista de instrumentos de percussão

A família tradicionalmente chamada de instrumentos de percussão pode ser dividida, pelo critério da produção sonora, em idiofones percutidos e membranofones percutidos.
Nos idiofones percutidos é a vibração de todo o instrumento musical que produz o som. Exemplos:
Nos membranofones percutidos, o som é produzido por uma membrana esticada, tal como uma pele, tecido ou membrana de material sintético. Exemplos:

Sitar


Sitar é um instrumento musical de origem indiana, que é da família do alaúde.É um símbolo da música da Índia.
Pra esclarecer a diferença entre o sitar e a cítara é que esta e os integrantes de sua família são classificadas como um tipo de cordofone que, suas cordas se estendem junto à caixa de ressonância. Já o alaúde e sua família como, sentar(persa), sitar ou a veena, possui suas cordas esticadas além da caixa de ressonância, ou seja, num braço.
Instrumento de corda beliscada, tal como a guitarra, o banjo, a cítara e o alaúde, entre outros. Se destaca por seu som metálico e glissandos.
O nome "sitar" provém do persa, e significa "de três cordas", o que é uma alusão à forma original do instrumento. Atualmente o sitar apresenta um grande número de cordas, em geral dezoito, sendo as mesmas subdivididas em três categorias: as cordas de execução, as cordas de bordão ou pontuação, e as cordas simpáticas, ou simpatéticas. As cordas de execução e as de bordão sempre constituem num total de sete, porém o número de cada categoria pode variar, podendo ser três de bordão e quatro de execução, ou vice-versa. As cordas de execução são as mais usadas, por serem as usadas para o toque da melodia de uma peça musical. As cordas de bordão, ou de pontuação, possuem um timbre mais metálico em relação às outras, e são usadas basicamente para acompanhamento. As cordas simpáticas, ou simpatéticas, são as mais numerosas. Geralmente elas só são tocadas quando se deseja fazer um glissando; ao contrário, elas não são tocadas e apenas vibram por simpatia harmônica ao toque das outras cordas. Normalmente, apresentam-se em número de onze cordas, porém alguns modelos de sitar podem apresentar até quinze cordas simpáticas. Muitos sitars atualmente possuem um segundo ressonador, feito de cabaça, posicionado atrás do braço, em posição oposta à do bojo do instrumento. Alguns sitars ainda possuem trastes móveis, o que permite que o músico toque com mais facilidade determinadas peças musicais.

História

O sitar é muitas vezes dito como ter sido desenvolvida no século XIII por Amir Khusraude um membro da família de um instrumento musical indiano, a vina, chamada detritantri veena, e que tem sido nomeada por ele depois do setar persa. Assim como osetar, o sitar é um membro da família do alaúde. Ao norte da Índia, a veena é considerada uma cítara. , porém tecnicamente, cítara e sitar são de famílias diferentes.

Instrumento musical

Um instrumento musical é um objecto, ou objeto, construído com o propósito de produzir música. Os vários tipos de instrumentos podem ser classificados de diversas formas, sendo uma das mais comuns, a divisão de acordo com a forma pela qual o som é produzido. O estudo dos instrumentos musicais designa-se por organologia.
A data e a origem do primeiro aparelho considerado como instrumento musical é objecto de debates. Arqueologistas tendem a debater o assunto referindo a validade de várias evidências como artefactos e trabalhos culturais.
Instrumentista é aquele músico que toca algum instrumento. Observação: Pode soar estranho mas, na verdade, nem todo músico é um instrumentista (também chamado de concertista, na música erudita). Alguns músicos seguem uma carreira sem tocar instrumento algum, como a de: BibliotecárioTerapia MusicalEngenheiro de SomProdutor MusicalHistoriadorEducação MusicalDireito MusicalJornalismo em Música;Empresário MusicalDisc ou Video JockeyDiretor de ProgramaçãoDesigner de Software ou Hardware de Música;MusicologiaMusicografia; até mesmo o Compositor pode saber tudo sobre os instrumentos, mas não tocar nada; Estes não são intérpretes, mas os maiores estudiosos acadêmicos do campo de Música, noutras especializações.

Tessitura e registro


tessitura de uma voz ou instrumento musical é a extensão de notas em que um instrumento pode tocar. Por padronização identifica-se a tessitura através do nome e da oitava da nota mais grave e da mais aguda que um instrumento pode executar. Por exemplo, a extensão útil de um saxofone alto vai de Reb2 (Ré bemol da segunda oitava) até La4 (Lá da quarta oitava). A tessitura do piano vai do La0 até o Do8
Chamam-se registros as três regiões em que a tessitura de um instrumento ou voz pode ser dividida. Divide-se em registro grave, médio e agudo. Cada registro tem características próprias. Em alguns casos o timbre é muito diferente de região para região. Em alguns instrumentos nem é possível executar todas as notas de uma escala em determinadas regiões. Além disso, certos efeitos sonoros que alguns instrumentos permitem só podem ser executados em um dos registros instrumentais.
O conhecimento da tessitura e do registro instrumental são fundamentais para a perfeita execução do instrumento e para a composição musical. De outra forma, um compositor poderia escrever uma melodia para um determinado instrumento com notas que ele não fosse capaz de executar.
O conceito de tessitura só faz sentido para instrumentos que permitem variação de altura, mas o registro pode indicar a região de alturas predominante mesmo em instrumentos de altura indefinida

Tímpano (instrumento musical)

Os tímpanos (sempre no plural por serem tradicionalmente tocados com um mínimo de dois tambores) são um instrumento musical de percussão. Seu uso mais comum é na orquestra, embora tenha presença marcante no jazz e embandas sinfônicas, além de proporcionar efeitos de sonoplastia. Os tímpanos são um instrumento não temperado da família dos membranofones com som de altura determinada. Sua evolução na música europeia vai desde o par central barroco (sem pedal e com pele animal) ao quinteto moderno do século XX. Mas, há músicas em que um só timpanista utiliza mais de cinco tímpanos, além de músicas que necessitam mais de um executante como a Sinfonia Fantástica, de Berlioz. Ao contrário da maioria dos instrumentos de percussão, que são orquestrados pela clave própria (clave de percussão), os tímpanos obedecem à escala da clave de fá.

Harpa

Harpa
Um dos instrumentos de corda mais antigos, a harpa já era usada pelos egípcios no século II antes de Cristo, em forma semelhante à atual. Trazida para o Ocidente na Idade Média, foi introduzida no século XV nas cortes reais europeias. Em meados do século XVII, fabricantes tiroleses acrescentaram à harpa um dispositivo mecânico que, acionado pelas mãos do intérprete, elevava a altura das notas em meio-tom.
Por volta de 1720, o alemão G. Hochbruker construiu um modelo com pedais acoplados à base do instrumento, permitindo a alteração das notas em meio ou um tom. O moderno mecanismo com 7 pedais, correspondentes às sete notas, foi criado pelo francês Sébastien Érard e recebeu seus últimos retoques em 1820.
A harpa utilizada nas orquestras sinfônicas atuais contém cerca de 46 cordas presas a uma armação triangular. Seu registro abrange seis oitavas e meia (dó bemol1 a sol bemol6). Usada como instrumento solista por alguns compositores, foi amplamente empregada na orquestra sinfônica por uma gama interessante de compositores.
Cravo
2.1.3.a – Cravo
Cravo
O  clavicêmbalo ou  cravo também pertence a esta epígrafe. Trata-se de um instrumento de teclas, cujas cordas são premidas por puas, mediante um mecanismo que é acionado no teclado pelo intérprete. Cada tecla está unida a uma peça de madeira, chamada martinete, na qual há fixa uma pua, que oprime a corda correspondente, ao ser acionada pela tecla.
O clavicêmbalo italiano aparece nos fins do século XV e estende-se por toda a Europa, com ligeiras variantes. Sua presença habitual na música prolonga-se até depois de entrado o século XVIII, quando é, pouco a pouco, substituído pelo piano.
Com a tendência surgida há alguns anos de se recuperarem os instrumentos originais, voltou a ocupar seu posto de solista nos concertos com orquestra e, desde o princípio do século XX, mereceu a atenção dos compositores para obras concretas.

 Flauta transversal
Flauta transversal
Um dos instrumentos mais antigos, a flauta transversal, utilizada regularmente na moderna orquestra sinfônica, surgiu no século IX, antes de Cristo, provavelmente na Ásia. Introduzida na Europa Ocidental através da cultura bizantina, no século XII depois de Cristo, era geralmente associada à música militar.
Somente na segunda metade do século XVII é que passou a integrar a orquestra.
A moderna flauta transversal nasceu das transformações operadas no antigo instrumento pelo alemão Theobald Boehm, por volta de 1840. Feita em metal, geralmente prata, constitui-se de um tubo cilíndrico de 67 cm. de comprimento por 19 mm. de diâmetro. Divide-se em 3 partes: cabeça ou bocal, corpo e pé.
O bocal tem por função manter rigorosamente o equilíbrio da afinação; o corpo e o pé contêm orifícios e chaves, cuja finalidade é diminuir ou aumentar o comprimento da coluna de ar no interior do tubo. Soprada lateralmente, seu alcance é de 3 oitavas (dó3 a dó6). Tem sido tratada como instrumento solista e como instrumento da orquestra, sendo o mais agudo entre os membros regulares do grupo das madeiras.
Existiram na Antiguidade diversos outros tipos de flauta. No entanto, a única que coexistiu com a flauta transversal foi a flauta doce, soprada pela ponta, muito usada pelos músicos renascentistas e barrocos.
O flautim ou piccolo, versão menor da flauta transversal, cujo tubo tem aproximadamente metade do comprimento da flauta. É o instrumento mais agudo da orquestra, da qual não é, entretanto, um elemento essencial. Alcança quase 3 oitavas (ré4 a dó7).
Há ainda a flauta baixa, que se usa para sons mais graves. Prolonga-se o comprimento do tubo ou em alguns casos, constrói-se com um cotovelo pelo qual o tubo se aproxima, no outro extremo, à posição da boquilha.
 Oboé
Oboé
Instrumento antiquíssimo, o tipo utilizado hoje nas orquestras sinfônicas surgiu na França, na segunda metade do século XVII, a partir do desenvolvimento das charamelas medievais e renascentistas. Os primeiros modelos foram fabricados pelos franceses Jean Hotteterre e Michel Philidor, e eram usados pelos músicos da corte de Luís XIV.
A forma do moderno oboé, data do período de Haydn e Mozart, embora tenha sofrido algumas importantes modificações no decorrer dos séculos XVIII e XIX, como, por exemplo, o aumento de sua extensão.
Constitui-se de um tubo cônico e palheta dupla, sendo o som controlado por orifícios e chaves. De timbre anasalado, distingue-se perfeitamente dentro da massa orquestral. Seu alcance é de 2 oitavas e meia, começando no si, uma oitava abaixo do dó médio.
Utilizado sobretudo como integrante da orquestra sinfônica, onde é indispensável, há também considerável literatura para solo do instrumento.


                           O Saxofone


A HISTÓRIA DO SAXOFONE


Saz AltoTexto retirado do site A TOCA DO SAX um dos melhores sites em matéria de saxofone.
Adolph Sax - 1814/1894 O saxofone foi inventado por Antoine-Joseph (Adolph) Sax.
Adolph começou sua educação formal na Royal School of Singing (Bruxelas); lá ele também estudou flauta e clarinete. Dizem que se Sax não tivesse entrado nos negócios da família ele teria feito um boa carreira como clarinetista profissional. Charles concentrou suas energias na sua fábrica de instrumentos para ir ganhando a vida, enquanto Adolph ia experimentando novos designs com a finalidade de criar novos instrumentos. Sax termina, em 1834, o aperfeiçoamento do clarinete-baixo (clarone); talvez daí viesse a idéia de fabricar um novo instrumento, pois o formato do clarone e o do saxofone são bem semelhantes, com a diferença de que o corpo do clarone é mais alongado e feito de madeira e, principalmente, por pertencer à família do clarinete; mas o primeiro saxofone nasceu quando Sax adaptou uma palheta de um clarinete ao bocal de um oficlide ( um predecessor da tuba, só que em forma de "U", como o fagote). O resultado foi um saxofone-baixo; a partir deste, Sax criou o restante da família. O Saxofone é um dos poucos instrumentos que foram "inventados". Historiadores estão de acordo que Adolph Sax projetou e construiu o saxofone por volta de 1840. O esboço básico deste instrumento nunca mudou, embora muitos aperfeiçoamentos tenham sido feitos. Dessa incrível habilidade criativa nasceram o Sax Horn (uma espécie de tuba) e os saxofones. Quando Adolph completou 25 anos, ele foi atraido pelo encanto de Paris, e se mudou para lá. Enquanto estava em Paris, ele conheceu muitos músicos notáveis inclusive Meyerbeer e Berlioz. Contudo ele foi obrigado a se mudar para Bruxelas por razões econômicas. Depois de um período de tragédia familiar onde o Charles viu oito dos seus filhos morrerem, pai e filho se dedicaram exclusivamente ao trabalho, entorpecendo a dor da perda. Porém, a viagem a Paris teve um efeito duradouro em Adolphe e ele não pôde esperar pela oportunidade de voltar. TenorEle recebeu várias ofertas de trabalho que ele aceitou alguns em Londres e St Petersburgo. Finalmente, ele foi atraído para voltar a Paris pela oferta de trabalho para o Serviço Militar francês. Quase imediatamente depois da chegada dele em Paris, Sax começou a trabalhar na sua família de cornetas teclada. Tendo concebido o saxofone como um instrumento que combinaria os instrumentos de madeira com os de metal, pela produção de um som que descreveria propriedades de ambos, Sax submeteu-o a teste (o primeiro em conjunto) com as bandas militares francesas. A aceitação foi imediata. Em 12 de julho do mesmo ano, Sax é entrevistado por seu amigo Hector Berlioz, compositor e escritor do artigo, na "Paris Magazine" (jornal de debates), descrevendo sua nova invenção: o SAXOFONE: "Melhor que qualquer outro instrumento, o saxofone é capaz de modificar seu som a fim de lhe dar as qualidades convenientes, e de lhe conservar a igualdade perfeita em toda sua extensão. Eu o fiz em cobre, e em forma de cone parabólico. O saxofone tem boquilha com palheta simples como embocadura, uma digitação próxima à da flauta e à do clarinete, e podemos, se quisermos, colocar-lhe todas as digitações possíveis", diz Sax.
Em 1844, o saxofone é exibido pela primeira vez na "Paris Industrial Exibicion" e, no dia 3 de fevereiro do mesmo ano, Hector Berlioz esboça o arranjo do coral Chant Sacre , no qual inclui o saxofone. "Nenhum instrumento que conheço possui essa estranha sonoridade situada no limite do silêncio", afirma H. Berlioz. SopraninoAinda em dezembro desse ano , é apresentada a primeira obra original para saxofone, inserido na orquestra de George Kastner, "Opera Laster King of Judá" ("O Último Rei de Judá"), no Conservatório de Paris. Em 1845, Sax tirando vantagem da situação de que a banda de infantaria francesa possuia uma falta de qualidade, ele recomendou ao Ministro de Guerra que uma competição fosse feita entre uma faixa com instrumentos tradicionais e uma com os seus instrumentos. Ele refaz a Banda Militar, substituindo o oboé, fagote e trompas francesas por instrumento de sua invenção: saxofones, saxhorns em Bb e Eb, produzindo maior homogeneidade sonora; essa idéia foi um sucesso, e a faixa de sax subjugou a audiência. Dali em diante os saxes foram adotados na música militar francesa. O saxhorn é uma espécie de instrumento de sopro feito de latão com embocadura de bocal e pistões que compreende o sopranino, soprano, contralto, barítono, baixo, contra-baixo (tuba), que funciona de forma análoga às tubas wagnerianas e às trompas de pistões. O seu formato é também muito semelhante ao das tubas empregadas por Wagner na "Tetralogia". A tuba, que é um saxhorn baixo, munido de 4 ou até 5 pistões, constitui o único instrumento da família dos saxhorns em uso constante na orquestra sinfônica; os demais restringem-se às bandas sinfônicas, militares e musicais no caso dos barítonos e contraltos.
O saxofone foi patenteado em 1846 incluindo 14 variações: Sopranino em Eb, Sopranino em F, Soprano em Bb, Soprano em C, Alto em Eb, Contralto em F, Tenor em Bb, Tenor em C, Barítono em Eb, Barítono em F, Baixo em Bb, Baixo em C, BarítonoContra-baixo em Eb e Contra-baixo em F. Em 1858, Sax torna-se professor do Conservatório de Paris, onde começou a lecionar e propagar os ensinamentos do instrumento. O primeiro método para saxofone também foi atribuído a George Kastner (1846), e depois vieram os métodos de Hyacinthe Klosé ("Método Elementar Alto e Tenor" - 1877;" Barítono e Soprano " - 1879 e 1881). Porém, Sax nunca ficou rico. Devido ao seu sucesso, os concorrentes, de olho nos lucros, lançaram uma tremenda campanha contra ele. SopranoEntre outros golpes, acusaram-no de ter roubado a idéia do saxofone, subornaram músicos para boicotar os seus instrumentos e fizeram com que os compositores deixassem o sax à margem das salas de concerto.
Adolph sobreviveu aos ataques até que, em 1870, sua patente expirou e qualquer um pôde fazer saxofones. Sua fábrica então faliu. Duas vezes ele declarou bancarrota em 1856 e 1873. Muitos processos foram movidos contra ele e passou grande parte da sua vida em batalhas judiciais, torrando assim todo o seu dinheiro. Aos oitenta anos de idade e falido, três compositores se sensibilizaram (Emmanuel Chabrier, Jules Massenet e Camile São-Saens) e solicitaram ao Ministro francês de belas artes que lhe ajudasse. Uma pequena pensão foi dada, a qual lhe garantiu uma ajuda nos seus últimos anos de vida. Antonie Joseph, conhecido como Adolphe Sax, morreu no dia 4 de Fevereiro de 1894 com 80 anos de idade.
Em síntese:

O saxofone foi inventado por volta de 1840 por um clarinetista belga e construtor de instrumentos clamado Adolphe Sax. O saxofone é feito de metal - portanto, você pode estar pensando que ele deve pertencer à seção de metais da orquestra. Entretanto, na realidade, o saxofone produz som através de uma palheta simples e um sistema de chaves que abrem e fecham orifícios perfurados ao longo do tubo cônico. Tanto a palheta quanto o sistema de chaves são características fundamentais das madeiras não dos metais.
O dedilhado é muito similar ao da clarineta; portanto, quando o saxofone é usado na orquestra, o que acontece muito poucas vezes, ele é tocado por um clarinetista e assim será devidamente encontrado, na plataforma de concerto, no naipe das madeiras e não no dos metais.
Há uma família completa de saxofone, no total de oito, em uma variedade de tamanhos e tonalidades. Os mais usados na orquestra são o saxofone contralto em mi bemol e o tenor em si bemol, ambos similares, em formatos, à clarineta baixo.
Devido ao fato de o saxofone utilizar uma palheta simples, ter uma campânula alargada e ser feito de metal, seu timbre torna-se claramente distinto dos outros instrumentos de sopro, sendo extremamente rico e suave, freqüentemente lírico.
Como a clarineta, o saxofone pode ser extremamente ágil, com uma ampla extensão dinâmica, variando do extremo delicado ao rascantemente forte - qualidades que, obviamente, tornaram o saxofone um dos instrumentos mais utilizados no jazz, especialmente pelos instrumentistas Coleman Hawkins, Charlie Parker e Ornette Coleman.

Saxofone

Saxofone, também conhecido popularmente como sax, é um instrumento de sopro patenteado em 1846 pelo belga Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França no século XIX. Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). A maior parte dos saxofones são em B♭ (como o sax tenor) ou em E♭ (como o sax alto e o barítono). O soprano é normalmente em B♭.

História


Ao contrário da de muitos dos modos de instrumentos tradicionais, que para chegar aos seus formatos atuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, dos quais muitas vezes não se conhece o inventor, o saxofone foi um instrumento deliberadamente inventado. Seu inventor foi o belga Antoine Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, onde começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a ideia de criar o saxofone. A data exata da criação do instrumento foi em 28 de junho de 1840[carece de fontes].
Ao longo do tempo, diversas modificações foram feitas, como a chave de registro automática, introduzida no início do século XX em substituição às duas chaves de registro que deveriam ser alternadas manualmente pelo instrumentista. Entretanto, as características gerais do instrumento permanecem as mesmas dos originais criados por Adolphe Sax.

Construção

O saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente latão, com chaves, numa mecânica semelhante à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cônico, com cerca de 26 orifícios que têm as aberturas controladas por cerca de 23 chaves vedadas com sapatilhas feitas de couro e uma boquilha que pode ser de metal ou de resina, na qual se acopla uma palheta de bambu ou de material sintético.

A família do saxofone


A família do saxofone é extensa. Todos os membros compartilham a mesma digitação e a escrita é sempre em clave de sol, variando a transposição de acordo com o registro do instrumento. Dentre os sete instrumentos originalmente produzidos, há:
  • Saxofone sopranino - É o membro mais agudo da família dos saxofones. É afinado em E♭ ou, raramente, em F. Seu corpo é reto.
  • Saxofone soprano - É o integrante mais agudo do quarteto de saxofonesclássico[1] . Afinado em B♭. Há também sopranos afinados em C, mas são muito raros. O tradicional é o de corpo reto, mas há também sopranos curvos.
  • Saxofone alto - Um dos tipos mais comuns de saxofone. De registro médio-agudo, tem a tessitura próxima à da viola. É afinado em E♭.
  • Saxofone tenor - Também é um instrumento muito comum. Tem registro médio-grave. Afinado em B♭. Há também os afinados em C (veja C-melody, logo abaixo).
  • Saxofone barítono - É o integrante mais grave do quarteto de saxofonesclássico. Afinado em E♭. É comum encontrar barítonos com uma nota a mais para o grave (A grave, que soa C), recurso raramente encontrado em saxofones mais agudos.
  • Saxofone baixo - Muito utilizado em bandas sinfônicas e em grandes conjuntos de saxofones. É afinado em B♭. Também pode contar com recurso do A grave (que soa G).
  • Saxofone contrabaixo - É o segundo membro mais grave da família original do saxofone. É afinado em E♭.
O projeto de Adolphe Sax previa um instrumento ainda mais grave que o saxofone contrabaixo, entretanto, esse instrumento não chegou a ser produzido.
Além desses, há outros instrumentos, desenvolvidos posteriormente:
  • Soprillo, instrumento em Si♭, uma oitava acima do saxofone soprano.
  • Soprano em C (não transpositor).
  • Soprano semi-curvo (reto, com todel curvo e campânula virada para a frente, comumente conhecido como saxello)
  • Alto em F, também conhecido como mezzo-soprano.
  • Tenor em C (transpositor à oitava)
  • Barítono em F.
  • Baixo em C (transpositor à 15ª).
  • Contrabaixo, em F.
  • Tubax - Instrumento alemão desenvolvido a partir do saxofone, mas com calibre mais fino, o que facilita a emissão dos graves. Há versões em E♭ (mesma extensão do saxofone contrabaixo) e em Si♭ (chamado de subcontrabaixo).
  • A boquilha



  • Duas boquilhas para sax tenor.
    boquilha é a peça que se encaixa na extremidade mais fina do saxofone e na qual é fixada a palheta. Seu funcionamento é semelhante ao de um apito, que gera as vibrações que irão percorrer o corpo do instrumento. As boquilhas podem ser fabricadas em diversos materiais: massa plástica, metais, acrílicomadeira, vidro e até mesmo osso, contudo as de massa plástica e de metais são as mais utilizadas.
    O formato das boquilhas também pode variar, tanto externamente quanto internamente. Alterações nos formatos implicam alterações significativas do som produzido, e devido a este fato, a escolha da boquilha é uma decisão muito pessoal para cada saxofonista. Não existe um padrão entre as fábricas e cada fabricante produz, geralmente, boquilhas com várias aberturas.
    Grosso modo, duas medidas internas são definidas: a altura da abertura e a sua profundidade. Quanto maior for a abertura e menor a profundidade, mais estridente será o som produzido, já o contrário resulta num som abafado e pequeno[carece de fontes].
  • A palheta



  • Palhetas para sax altosax tenor, respectivamente
    palheta está para o saxofone assim como a corda está para os instrumentos de corda. Ela é a responsável pela emissão do som pelo instrumento. Ao soprarmos a boquilha, é gerada uma coluna de ar que faz vibrar a palheta, produzindo o som.
    As palhetas são fabricadas com madeira, geralmente cana ou bambu, porém existe palhetas sintéticas, como a Fibracell, feita de um material de fibra e a Légere e Bari, confeccionada em acrílico. Existem numerações para determinar o nível de dureza e de resistência à envergadura de uma palheta, mas esta numeração não é padronizada, varia de fabricante para fabricante. Quanto mais dura é a palheta, maior é o esforço para a emissão da nota, contudo menor é o esforço para manter o controle da afinação[carece de fontes][2]

    Fabricantes

    Os mais conhecidos fabricantes de saxofones no mundo são Buffet Crampon, Julius Keilwerth,Leblanc (Vito), Jupiter (Habro), Selmer , Conn, Cannonball, King, Buescher, Martin, Yamaha, eYanagisawa. Já dentre os fabricantes de boquilhas estão Selmer, Claude Lackey, Rico, Dukoff, Yanagisawa, Meyer, ARB, Otto Link, Meyer, Beechler, Bari e Vandoren. Os principais fabricantes de palhetas são Vandoren, Rico, Fibracell, Platicôver e Gonzales.
    Um dos fabricantes de saxofones mais respeitados pelos saxofonistas é a companhia francesa Selmer Company, que conquistou a preferência de grandes saxofonistas como John Coltrane - que celebrizou o tenor modelo Mark VI - e Coleman Hawkins. Também há modelos famosos, como os da Conn: New Wonder, Lady Face, NAked LAdy; da King: Super20 e King Zephyr; da Buescher: Big B e Top Hat and Cane.
    Dos fabricantes orientais, o destaques são Yanagisawa e Yamaha. Atualmente, diversos fabricantes chineses, como Eagle e Dolphin fabricam saxofones de qualidade inferior aos demais e que tem um tempo de vida muito curto, além disso, sua qualidade sonora pode variar muito de um exemplar para outro e também ao longo do tempo.
  • Baixo elétrico

  • Baixo elétrico, chamado também de contrabaixo elétricoviola baixo ou simplesmente baixo é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica, maior em tamanho e com um som mais grave. É utilizado por diversos gêneros musicais modernos.
    O baixo elétrico tradicional e popular que a maioria das bandas de rock usam é muito similar a uma guitarra elétrica, mas com o corpo maior, um braço mais longo e uma escala mais extensa. Em geral, os baixos elétricos mais comuns possuem quatro cordas, e estas são afinadas, tradicionalmente, da mesma maneira que os contrabaixos de orquestra, sendo as mesmas notas que as quatro cordas finais de uma guitarra (i.e. Mi, Lá, Ré, e Sol), mas cada uma destas cordas são afinadas uma oitava mais graves, em tom, do que a guitarra. A fins de evitar o uso excessivo de linhas suplementares inferior na pauta da partitura, a notação musical do baixo/contrabaixo é feita na clave de baixo (em Fá) e a anotação, em si, das notas musicais deve ser feita em transposição de uma oitava acima, relativamente ao som que o baixo deve emitir. Isto é, o som do baixo quando lendo de uma partitura para baixo, vai soar uma oitava mais grave do que as notas escritas na pauta. De forma semelhante ao que ocorre com uma guitarra, para tocar o baixo elétrico com seu potencial sonoro total deve-se conectá-lo a um amplificador específico para contrabaixos; isto é essencial para as apresentações ao vivo, uma vez que o som do baixo elétrico sem amplificação é demasiadamente baixo por conta dele ter um corpo sólido.
  • Características e história

  • Nos anos 50, o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu instrumento, delicado (por ser feito de madeira), até que no ano de 1951 um técnico em eletronica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo elétrico. O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do contrabaixo classico.
    O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William "Monk" Montgomery (irmão mais velho do guitarrista virtuoseWes Montgomery) em turnês ao vivo com a banda de jazz de Lionel Hampton Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis Presley, adotou o Fender Precision em 1957
    Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.

  • Design

  • O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
    • Número de cordas (e afinação):
      • Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em EADG.
      • Cinco cordas geralmente BEADG, podendo em alguns casos ser EADGC)
      • Seis cordas geralmente BEADGC.
      • Alcance estendido envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra
    e cordas de maior espessura para reproduzir sons mais graves
      • Baixo Piccolo -EADG(uma oitava acima da afinação normal)
    • Captadores:
      • Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
        • Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
        • Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
        • Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento
        • Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas Lightwave, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas
    • Formato e cor do instrumento:
      • Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes
      • Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
      • Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)

    Partes do baixo elétrico

    1 - Cabeça, mão, paleta ou headstock.
    2 - Cravelhas ou tarraxas.
    3 - Pestana ou capotraste.
    4 - Trastes
    5 - Braço e escala.
    6 - Marcações.
    7 - Recorte superior.
    8 - Pinos de fixação da correia.
    9 - Cordas.
    10 - Recorte inferior.
    11 - Corpo.
    12a12b - Captadores.
    13 - Ponte ou cordal.
    14 - Knob's dos controles de tonalidade e volume.
    15 - Jacks/Jaques ou tomadas de saída (conectores tipo TRS fêmea).
  • Baixo acústico

  • Baixo acústico, também chamado popularmente de baixolão, é um baixo que usa apenas métodos acústicos para projectar o som produzido pelas suas cordas, ao contrário do baixo elétrico. O baixo é um dos raros casos de instrumentos musicais cuja versão eletrificada surgiu antes da acústica; enquanto Leo Fender introduziu no mercado seu primeiro modelo elétrico, oFender Precision Bass, em 1951, e só depois, em 1972, é que surgiu a versão acústica, por Ernie Ball, de San Luis Obispo, então um os maiores fabricantes estadunidenses de instrumentos musicais.
    Embora já existissem instrumentos destinados a fazer a parte dos baixos das músicas, o baixo acústico surgiu de uma ideia depois que Ball pensou: "se existe o baixo elétrico que toca com a guitarra elétrica numa banda elétrica, porque não criar um baixo acústico para tocar com uma guitarra acústica numa banda acústica?" Similarmente ao baixo elétrico original, o baixo acústico tem quatro cordas, que são afinadas, normalmente, Mi, Lá, Ré e Sol, mas uma oitava abaixo das cordas mais graves da guitarra de seis cordas, e com o corpo oco, como na guitarra acústica (embora maior). Assim como no baixo elétrico, modelos com cinco ou mais cordas já foram produzidos, embora estes não sejam tão comuns, em parte porque a caixa de ressonância da guitarra baixo acústico ainda é pequena demais para produzir uma amplitude de volume suficientemente satisfatória na tessitura dos tons graves audíveis. Uma das soluções para o baixo acústico de cinco cordas é ter as cordas Mi, Lá, Ré, Sol e , em vez de Si, Mi, Lá, Ré, e Sol. Uma alternativa para os baixos acústicos de cinco cordas é amplificar o som deles com um captador. A partir daí, o baixo acústico foi se desenvolvendo, adquirindo características próprias que o distinguem tanto do baixo elétrico como da guitarra acústica.
    Existem vários modelos de baixo acústico, mas podem ser simplificados em dois grupos:
    • os de cordas de aço, sobretudo baseados na guitarra folk, com a parte livre do braço mais longa (até ao 15.º trasto), e madeiras mais claras, como por exemplo, da família das piceas; são frequentemente eletrificados, e às vezes com um recorte na caixa para permitir o acesso às notas mais agudas;
    • os de cordas de nylon, sobretudo baseados na guitarra clássica, com a parte livre do braço mais curta (até ao 12.º trasto), e madeiras mais escuras, por exemplo, cedro; são também chamados de “Baixo Estranho”, e são usados, por exemplo, em géneros musicais da América latina e no fado.

 
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